terça-feira, 24 de agosto de 2010

Querida Dorothy ... Como eu sinto pela vida...


Este parágrafo é uma expressão perfeita do que eu sinto a respeito da vida neste momento da minha jornada.

Que o Inferno (de Dante) é um retrato da sociedade humana em estado de pecado e corrupção, todos prontamente concordam. E uma vez que estamos hoje muito bem convencidos de que a sociedade está em um mau caminho, não necessariamente evoluindo no sentido da perfectibilidade, chamos fácil o suficiente reconhecer as várias fases pela qual a profundidade da corrupção é atingida. Futilidade, a falta de uma fé viva, a deriva para a frouxidão moral, o consumo voraz, a irresponsabilidade financeira e o mau humor descontrolado, um individualismo presunçoso e obstinado, a violência, a esterilidade e a falta de reverência pela vida e pela propriedade, incluindo a própria; a exploração do sexo, a degradação da linguagem pela publicidade e propaganda, a comercialização da religião, a cafetinagem da superstição e o condicionamento da mente das pessoas por meio da histeria em massa e dos "encantamentos" de todos os tipos, a venalidade e nepotismo nos assuntos públicos , desonestidade e hipocrisia nas coisas materiais, a desonestidade intelectual, o fomento da discórdia (de classe contra classe, nação contra nação) pelo que se possa tirar de proveito, a falsificação e a destruição de todos os meios de comunicação, a exploração dos mais baixas e estúpidas emoções de massa; traição mesmo aos fundamentos de parentesco, de nação, do amigo escolhido, e da fidelidade prometida: estas são as fases por demais conhecidas, que levam à fria morte da sociedade e à extinção de todas as relações civilizadas.

Surpresa... Este parágrafo foi escrito por Dorothy L Sayers, em 1954...

As coisas vem piorando desde então...

Um comentário:

O Tempo Passa disse...

É... nada de novo debaixo do sol!